
ABRIL É AGORA
50 ANOS 1974-2024
A associação cultural CULTRA, em parceria com várias entidades do movimento associativo e cultural, grupos de teatro, cineastas, unidades de investigação académica e investigadores, ex-presas e presos políticos, ativistas sindicais e políticos do período revolucionário, mulheres e homens de todas as correntes da resistência antifascista e dos combates da Revolução, vai levar a cabo um largo conjunto do iniciativas para assinalar o cinquentenário do 25 de Abril e da Revolução portuguesa de 1974/1975.
Pretende-se desta forma, ao longo dos cinco anos que assinalarão o cinquentenário de Abril (2022 a 2026), lembrar a história da resistência à ditadura e ao colonialismo, convocar a memória e a atualidade desses dias de Revolução, de transformação e de esperança de onde brotou a democracia portuguesa. Homenagear os que lutaram e tombaram nos combates contra a exploração, contra a opressão, contra a guerra colonial, ou, como então se proclamava, “pelo o Pão, pela Paz, pela Terra, pela Liberdade e pela Democracia”.
Não se trata de uma nostalgia, de um suspiro de saudade. Menos ainda se trata de evocar um falso consenso vazio que desarme a força presente do passado, mas sim de lutar pela memória e de convocar a história para fazer face aos combates de hoje. Quando o neoliberalismo e a extrema direita lançam a sua sombra de regressão política, social, civilizacional e de reabilitação dos valores e práticas da ditadura salazarista e do colonialismo, num ataque frontal às conquistas de Abril. E fazemo-lo em solidariedade e intercâmbio com os povos da Europa e do mundo que hoje enfrentam a mesma ameaça de retorno à barbárie e a combatem.
Nesse sentido levamos os Debates de Abril às escolas, às associações, aos bairros e às empresas; organizamos visitas guiadas aos locais emblemáticos do mundo do trabalho, da habitação e da cultura popular; recorremos ao teatro e ao cinema que se debruçaram sobre o Portugal do salazarismo, da guerra colonial e das lutas emancipatórias de ontem e de hoje; preparamos exposições que circulem pelo país tratando dos temas de antes e depois de Abril; pedimos a estudiosos ou aos participantes nesses extraordinários acontecimentos que se reúnam em colóquios e conferências onde ajudem a pensar e a operacionalizar essa experiência; propomos aos criadores e artistas que livre e pluralmente a representem.
Porque é urgente. Porque Abril é agora.
Mural 8 de Março – Mulheres e Liberdade No seu 50º aniversário, queremos comemorar o livro “Novas Cartas Portuguesas”, a coragem e as mulheres. Por isso registámos na parede uma frase da obra, sempre atual. O mural está em Penha de França.
No seu 50º aniversário, queremos comemorar o livro “Novas Cartas Portuguesas”, a coragem e as mulheres. Por isso registámos na parede uma frase da obra, sempre atual. O mural está em Penha de França.
Em Movimento
Abril é Agora inaugura esta quinta-feira exposição “Marcelismo: o fim do regime”
A exposição, que incide sobre o período 1968 – 1974, em que Marcelo Caetano assumiu a liderança de Portugal, estará patente, a partir das 11h30, na Escola Secundária Cacilhas Tejo, em Almada.
Debates de Abril nas Escolas
No ano de 2022/2023, a CULTRA vai continuar a promover um conjunto de debates com alunos/as e professores/as – os “Debates de Abril”.
Curso: "Guerra, imperialismos e desafios à paz". Inscrições abertas
Neste curso de formação aberto, que acontece dia 11 de março, na Fundação José Saramago, propomos o desafio de pensar o problema da guerra e dos imperialismos neste tempo em contraponto com os desafios que se colocam às lutas e à imaginação política pela paz.
Reportagem do Colóquio “Amílcar Cabral e a História Do Futuro”
A 13 e 14 de janeiro, largas dezenas de pessoas passaram pelo Auditório António de Almeida Santos na Assembleia da República para participar no Colóquio: “Amílcar Cabral e a História do Futuro” centrado na análise da influência política, teórica e cultural de Amílcar Cabral.
“Amílcar Cabral desempenhou um papel histórico singular de ‘aceleração do passo do tempo histórico’”
Intervenção de Pedro Pires no Colóquio “Amílcar Cabral e a História do Futuro”, realizado a 13 e 14 de janeiro de 2023 no Auditório António de Almeida Santos da Assembleia da República.
Pelos 50 anos do assassinato de Amílcar Cabral, colóquio evoca o seu legado
Nos dias 13 e 14 de janeiro de 2023, no auditório António de Almeida Santos da Assembleia da República, em Lisboa, decorrerá o colóquio internacional “Amílcar Cabral e a História do Futuro”. O acesso é livre, mas a inscrição obrigatória.
Agenda
Pela Lente de Abril
Dia Internacional da Mulher
Mulheres trabalhadoras participam em manifestação em São Petersburgo, Rússia, no Dia Internacional da Mulher de 1917.