A revolução e o poder dos trabalhadores: Nas empresas e nos campos (1974/1975)
Três características parecem moldar a enorme explosão social do mundo do trabalho na sequência do movimento militar de 25 de Abril de 1974. Em primeiro lugar, é sob o impulso das reivindicações dos operários fabris, dos trabalhadores dos serviços, dos assalariados rurais do Alentejo e Ribatejo e dos moradores dos bairros populares nas principais cidades do litoral que o golpe militar se transforma num processo revolucionário apontando, ainda que de forma diversa, para o socialismo.
Realizou-se a Conferência "As mulheres são revolução"
Testemunhos de mulheres que participaram nas lutas no período revolucionário. Nas lutas pela paz, pão, habitação, saúde, educação. E, sempre, as lutas pelo direito a dispor do próprio corpo. O corpo e os direitos sexuais e reprodutivos, lembrando o caminho feito na saúde e na sociedade e colocando na agenda as mudanças necessárias para o cumprimento do direito à interrupção voluntária da gravidez. Quem foi saiu com o coração cheio!
CICLO “OUTROS HINOS” DESAFIOU A ESCUTA E OS IMAGINÁRIOS NOS 50 ANOS DO 25 DE ABRIL
No passado dia 22 de novembro, o padrão dos descobrimentos foi palco da iniciativa “Outros Hinos: Desafios à Escuta nos 50 anos do 25 de Abril”, organizada pelo Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA), em parceria com a campanha “Abril é Agora – 50 anos 1974/2024. Inserido nas celebrações dos 50 anos do 25 de Abril e das independências, o evento contou com a coordenação de João Mineiro, André Castro Soares e Teresa Fradique, e reuniu dezenas de pessoas para escutar, refletir e celebrar outros hinos possíveis que ajudam a contar a história da sociedade portuguesa e da diversidade de corpos, vozes e imaginários que a constituem.
A revolução na cultura e a cultura na revolução
Dezenas de pessoas passaram este sábado pela Casa da Achada - Centro Mário Dionísio para participar no colóquio “A Cultura e a Revolução: memórias, narrativas e interpelações contemporâneas”. Partindo do contributo dos vários oradores convidados, o dia começou com um debate sobre o papel desempenhado por distintos objetos culturais e formas de expressão artísticas desenvolvidas durante a Revolução portuguesa de 1974-1975, pensando o seu papel no processo de politização amplamente participado que marca a revolução portuguesa.