
Visita Guiada “Lisboa Operária: A classe operária na zona Oriental de Lisboa”, por Raimundo Santos
O preço desta visita guiada será de 12 euros/ 8 euros (preço solidário). O ponto de encontro está agendado para as 9h, em Sete Rios, ou as 9h30, no Metro Bela Vista (saída Avenida Santo Condestável). Inscrições aqui.

ROTEIRO
1. FÁBRICA DA PÓLVORA DE CHELAS (1898/1983)
Largo de Chelas
Fabrico de pólvora para munições.
2. CONVENTO DE CHELAS
Largo de Chelas
3. TUNA RECREATIVA JUVENTUDE CHELENSE (1909/1987)
Estrada de Chelas
Fundada em 1886, em 1909 passou e ter a sede no Palacete da Quinta da Conceição na Estrada de Chelas.
4. FÁBRICA DE MALHAS DE INÁCIO DE MAGALHÃES (1893/1973)
Estrada de Chelas
Fiação e Tecelagem de malhas.
5. VILA EMÍLIA (1932)
Propriedade do Industrial de madeiras Alves Ribeiro e da Tinturaria Portugália, existente no outro lado da rua. Ao lado da Vila construiu a sua moradia.
6. VILA FLAMIANO (1888)
Rua Gualdim Pais, Xabregas
Construída pela Fábrica de Fiação e Tecidos de Xabregas
7. FÁBRICA DE FIAÇÃO E TECIDOS DE XABREGAS (Fábrica da Samaritana) (1857/1951)
Beco dos Toucinheiros, Xabregas
Fiação e tecelagem de algodão. Chegou a ter mais de 500 trabalhadores, sendo 2/3 mão-de-obra infantil.
8. VILA DIAS (1888)
Alto dos Toucinheiros
Nota: Vale a pena ler o romance Amanhã, de Abel Botelho, retrato da vida e das lutas do operariado na zona de Xabregas no fim do séc. XIX, incluindo a Vila Dias.
9. COMPANHIA DE FIAÇÃO E TECIDOS LISBONENSE (1840/1844)
Rua de Xabregas
Teve a primeira máquina a vapor na zona Oriental. Chegou a ter 400 trabalhadores. Sofreu um incêndio em 1844.
FÁBRICA DE TABACOS DE XABREGAS (1844/1965)
Convento de S. Francisco, Rua de Xabregas
Tabacos, sabão e pólvora. Foi palco de muitas greves e despedimentos em massa no século XIX. Também usou abundantemente a mão-de-obra infantil.
10. FÁBRICA DE FIAÇÃO E TECIDOS ORIENTAL (Fábrica das Varandas) (1888/1985)
Rua de Xabregas
Fiação e tecidos de algodão. No fim do século XIX tinha 425 trabalhadores e acabou com 250.
11. VILA MARIA LUÍSA
Calçada D. Gastão
Funcionou aqui a Escola Primário n.º20.
12. CENTRO ESCOLAR REPUBLICANO ELIAS GARCIA (1908/1974)
Calçada D. Gastão
13. MANUTENÇÃO MILITAR (1897/1978)
Rua do Grilo
Fábrica de Moagem, pão, massas, bolachas, torrefacção e moagem de café, conservas, refinaria de açúcar, matadouro e salsicharia, leite e fabrico de manteiga, tratamento de vinhos, etc. Tinha ligação direta ao Cais. Um grande complexo industrial com cerca de 80.000 m2 e que chegou a empregar quase 3.OOO pessoas. Na área social tinha Creche, Escola Primária, sala de cinema, barbeiro e consultas médicas.
14. COMPANHIA INDUSTRIAL DE PORTUGAL E COLÓNIAS “A NACIONAL”. (1843/1998)
Rua do Beato
Farinhas, bolachas, massas, rações. Teve ligação direta ao Cais de embarque. Instalada inicialmente no Convento do Beato, adquirido pelo seu fundador, João de Brito, foi ampliada com novos edifícios industriais.
15. PÁTIO DA QUINTINHA
(Quinta do Marquês de Marialva)
16. FÁBRICA DE BORRACHA LUSO-BELGA (1926/1980)
Rua do Açúcar
Fábrica de galochas, sapatos, acessórios para automóveis e motos, mangueiras,recauchutagem de pneus, etc.
17. SOCIEDADE NACIONAL DE FÓSFOROS (1895/1985)
Rua do Açúcar
Chegou a ter cerca de mil operários. Tinha serviço médico, refeitório, creche, cooperativa e grupo desportivo.
18. FÁBRICA DE CORTIÇA DA QUINTA DA MITRA (1898/1919)
Rua do Açúcar
19. VILA PEREIRA (PRÉDIO SANTOS LIMA) (1887)
Rua do Açúcar
20. ESCOLA PRIMÁRIA DE “A VOZ DO OPERÁRIO”
Rua do Açúcar, Quinta do Bettencourt
21. SOCIEDADE COMERCIAL ABEL PEREIRA DA FONSECA (1907/1993)
Praça David Leandro da Silva
Armazenagem e tratamento de vinhos, azeites e indústria alimentar.
Tinha cais próprio no Tejo.
22. SEDE DO CLUBE ORIENTAL DE LISBOA
Praça David Leandro da Silva
Fundado a 8 de Agosto de 1946 resultante da fusão de 3 clubes de bairro: Marvilense, Chelas e Grupo Desportivo dos Fósforos.
23. JOSÉ DOMINGOS BARREIRO (1887/1998)
Praça David Leandro da Silva
Armazenagem e comércio de vinhos e tanoaria.
24. FÁBRICA DE MATERIAL DE GUERRA DE BRAÇO DE PRATA (1908/1988)
Rua Fernando de Palha
Complexo industrial militar, com uma área coberta de 62.000 m2 e 2.300 trabalhadores no fim da guerra colonial. Fabricou, entre outras armas, a célebre G3.
25. SOCIEDADE MUSICAL 3 DE AGOSTO (1885)
Palácio Marquês de Abrantes, Marvila
Nos terrenos da Quinta Marquês de Abrantes existiu o maior bairro de barracas da zona Oriental (Bairro Chinês).
26. SOCIEDADE NACIONAL SABÕES (1919/1996)
Estrada de Marvila
Ocupou uma área de 90 000 m2 e teve cerca de 500 trabalhadores no fim dos anos 70. Tinha Cais de comboio para transporte de mercadorias.
27. ESCOLA INDUSTRIAL AFONSO DOMINGUES (1956/2010)
Estrada de Marvila
Ao longo da sua existência (criada em 1884) a Escola teve outras localizações dentro da zona Oriental. Foram seus alunos Bento Gonçalves, secretário-geral do PCP, e José Saramago.